terça-feira, 6 de novembro de 2007

CPMF

A CPMF é uma contribuição que arrecada uma fortuna para os cofres públicos.
Tendo sido concebida em 1993 e passando a vigorar em 01/1994 era conhecida por um outro nome, IPMF (Imposto Provisório sobre Movimentação Financeira) mudando depois para CPMF (Contribuição Provisória sobre a Movimentação ou Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira).
Na minha opinião a mudança de nome teve o objetivo de disfarçar o assustador nome IMPOSTO, para um mais discreto CONTRIBUIÇÃO.
O interessante foi que o P, antes significando Provisório, não precisou de mudança e parece ter se tornado P, de Permanente.
Nomenclaturas a parte, essa contribuição foi criada com o intuito de melhorar o atendimento nas redes públicas de saúde. O projeto original previa que essa contribuição duraria dois anos e com a utilização desse dinheiro muitos dos problemas de saude pública seriam resolvidos.
O tempo passou, o imposto mudou de nome, deixou de existir, voltou a ser cobrado, mudou o valor cobrado, o que não mudou mesmo foi a realidade da saúde publica oferecida a população.
Todos os anos o país arrecada milhões de reais em CPMF, mas o que se vê é uma saúde pública tão ruim, ou até pior, quanto antes da sua existência, e a alegação de que parte dessa verba é destinada para o Fundo de Combate à Pobreza também parece não condizer com a verdade, pois o país continua tendo uma quantidade cada vez maior de pessoas vivendo abaixo da linha de pobreza.
Então se o pobre continua pobre, se o doente continua morrendo nas filas de hospitais por falta de atendimento, para onde está indo toda essa fortuna gerada ano após ano pela CPMF?
Posso garantir que não é pro meu bolso, posso até provar que não é...!
A questão é: “E o senhor Presidente também pode?”

Adriana Carla Ribas da Cruz Santos (06/11/2007 – 20:50h)

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