terça-feira, 9 de setembro de 2008

Helena

Resumo da obra de Machado de Assis

Morre aos cinqüenta e quatro anos de apoplexia fulminante, o Conselheiro Vale, homem de prestígio e descendente de uma das mais distintas famílias paulista, pai do Dr. Estácio, jovem de vinte e sete anos formado em matemática e irmão de D. Úrsula, esta com cinqüenta e poucos anos e solteira que sempre vivera com o irmão.
Após a morte do Conselheiro Vale, o Dr. Camargo, homem de cinqüenta e quatro anos, de feições duras e frias, médico e amigo da família, vai até sua casa saber se havia testamento. No dia seguinte é feita a leitura do testamento, nele consta que Helena, moça internada num colégio de Botafogo, é sua filha natural com D. Ângela da Soledade, cujo segredo o conselheiro o mantivera até a morte. Pede que a filha seja levada a morar com o irmão Estácio e a tia Úrsula, que lhe seja dado a parte na herança que lhe cabe e seja tratada com amor e estima. Todos ficam muito surpresos.
Helena, jovem de dezesseis a dezessete anos, delgada sem magreza, estatura acima da mediana, talhe elegante, a face de um moreno pêssego, cabelos e olhos castanhos, passa a viver com Úrsula e Estácio.
Um dia D. Úrsula adoece gravemente e Helena cuida dela e da casa com muita dedicação. E aos poucos conquista a afeição de D. Úrsula e de Estácio. Ele está noivo de Eugênia, de pequena estatura, cabelo castanho escuro, e os olhos grandes e azuis, rosto alvo e corado, o corpo levemente refeito, era naturalmente elegante, a filha do Dr. Camargo.
Estácio recebe a visita de um velho amigo, o Mendonça, rapaz de ombros largos e fisionomia risonha, mão larga e forte.
Helena tem feito visitas escondidas a uma casa nas proximidades da chácara onde mora. É descoberta por Dr. Camargo que a obriga a convencer Estácio a pedir logo sua filha em casamento, senão contará sobre as visitas. Estácio pede Eugênia em casamento, a madrinha dela adoece gravemente e ela só aceita viajar para visitar a madrinha se Estácio for junto. Contrariado ele vai. Escreve uma carta apaixonada para Helena. Eles parecem sentir algo a mais um pelo outro do que simples amor fraternal.
Na sua ausência Estácio pede que Mendonça visite freqüentemente a tia Úrsula e Helena. Nessas visitas Mendonça apaixona-se por Helena. Em conversa com o padre Melchior, Helena confessa saber do amor de Mendonça e que embora não o ame, aceita unir-se a ele, pois tem-lhe muito carinho. Feliz com tal declaração, Mendonça escreve a Estácio contando do seu amor. Este volta imediatamente e procura Helena para saber melhor dessa história, pois ela havia lhe confessado amar alguém com quem não tinha esperança de ficar, e ele sabia que esse alguém não era Mendonça.
Tenta dissuadi-la desse casamento, mostra-se contra e acaba tendo uma discussão com Mendonça. Depois de acalmados os ânimos, Estácio, apesar de muito triste, resolve consentir o casamento.
Estando Estácio muito triste e sem conseguir dormir por causa do casamento dela com Mendonça, resolve sair para dar um passeio, todos na casa ainda dormem. Na volta para casa ele avista Helena saindo em companhia do pajem e resolve seguí-la.
Ela entra em uma casa muito velha, a principio ele pensa que pode ser de uma família pobre a quem Helena ajuda, mas o ciúme o faz pensar que pode ser a casa de algum namorado e sem perceber aperta uma cerca de espinhos, ferindo a mão. Ele espera que ela vá embora e bate à porta sob o pretexto de lavar o sangue do ferimento.
Lá conhece Salvador, homem de trinta e seis a trinta e oito anos, alto, cabelo castanho escuro compridos, conversam e Estácio fica impressionado com sua pobreza. Ele vai embora sem descobrir a relação dele com Helena.
Chegando em casa pede explicações a Helena que foge chorando. Com essa atitude ele acredita que ela é culpada. Reúne-se com o padre Melchior e a tia e conta todo o acontecido, sobre as visitas escondidas que helena faz, e sua confissão silenciosa.
Estando a sós com o padre, este conta a Estácio que sabe do amor entre eles, que embora não seja proposital nem consentido, eles são irmãos e isso vai de encontro à lei de Deus e a dos homens.
Na manhã seguinte o padre vai conversar com Helena que lhe entrega uma carta, nela Salvador a trata como filha. Todos ficam muitos confusos posto que o Conselheiro Vale a havia reconhecido como filha em testamento. Então o padre e Estácio vão à casa de salvador tirar satisfações.
Salvador os recebe e conta sua história. Ele e Ângela, mãe de Helena, se apaixonam, contra a vontade de seu pai fogem, mas passam muitas necessidades. Desse amor nasceu Helena. Seu pai adoece e o perdoa, ele vai ter com o pai, este morre e quase todos os bens são utilizados para pagar as dívidas do pai, passado algum tempo sem receber noticias de Ângela e Helena ele volta para encontrá-las. Quando voltou a casa onde as havia deixado, ficou sabendo por um vizinho que elas tinham se mudado para S. Cristóvão.
Chegando lá não a encontra então se hospeda numa estalagem e recebe após três dias uma carta de Ângela pedindo perdão, mas que estava apaixonada por outro homem, o Conselheiro Vale. Este não sabia da existência de Salvador, pois Ângela quando se conheceram e se apaixonaram, havia contado que estava separada, e posteriormente que salvador havia morrido. Por isso o Conselheiro Vale adotou Helena.
Durante muitos anos ele acompanhou o crescimento de Helena de longe, até que aos doze anos ele e Helena se encontram e ela fica sabendo que ele não havia morrido. Ele a faz prometer que não contará a ninguém sobre isso.
Quando o Conselheiro morreu e a reconheceu em testamento ela quis abrir mão disso para assumir seu verdadeiro pai, ele consegue convencê-la a aceitar a vontade do morto.
Salvador resolve desaparecer para tentar dar um pouco de paz a filha, esta implora que Estácio e D. Úrsula a deserdem contando a verdade pois se envergonha de toda sua história. Eles negam. Ela fica sabendo da decisão de seu pai de desaparecer e sofre muito com tudo isso.
Ela fica muito triste com todos os acontecimentos, adoece e morre. Deixando Estácio muito triste. “Perdi tudo, padre-mestre! gemeu Estácio.”

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